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Personalidades

ANTÓNIO TEIXEIRA LOPES (1866 - 1942)

António Teixeira Lopes nasceu em Vila Nova de Gaia no dia 27 de outubro de 1866. Filho do escultor José Joaquim Teixeira Lopes e de Raquel Pereira de Meireles; irmão do arquiteto José Teixeira Lopes, seu colaborador em muitos trabalhos e na construção da sua grande casa.

Iniciou a aprendizagem de escultura na oficina de seu pai em 1881. Em 1882 ingressou na Academia Portuense de Belas-Artes, onde foi aluno de Soares dos Reis e Marques de Oliveira. 

Em 1885, quando frequentava o terceiro ano do curso, foi para Paris completar os estudos. Ingressou na École des Beaux-Arts, onde teve como orientadores Gauthier e Berthet, obtendo vários prémios. Nos anos seguintes continuou a apresentar trabalhos em exposições (em Portugal e França).

Fez parte da Maçonaria, tendo sido iniciado em 1898 na Loja Ave Labor do Grande Oriente Lusitano Unido, com o nome simbólico de Rude. 
Entre 1899 e 1904 executou obras de particular relevo: monumento fúnebre de Oliveira Martins; A História (Cemitério dos Prazeres, Lisboa); monumento de homenagem ao horticultor e floricultor José Marques Loureiro (Jardim da Cordoaria, Porto); monumento de Eça de Queiroz, 1903 (Largo Barão de Quintela, Lisboa, 1907). Realizou também a escultura em bronze de um menino com uma bilha, presente no fontanário (chafariz) na baixa da Pampilhosa, inaugurado em 1915 no largo conhecido atualmente como Largo do Garoto.

Em 1900 participou na Exposição Universal de Paris, tendo obtido um Grand Prix e a condecoração de Cavaleiro da Legião de Honra. Esse sucesso consolidou a sua posição e, em 1901, assumiu o lugar de professor de escultura da Academia Portuense de Belas-Artes, que manteve até 1936 (ano da sua jubilação). 

Em 1895, com projeto do seu irmão, construiu o seu atelier na Rua do Marquês de Sá da Bandeira, em Vila Nova de Gaia, onde hoje é a Casa-Museu Teixeira Lopes e onde se preserva uma parte significativa da sua obra.

António Teixeira Lopes é o autor das imponentes portas de bronze da Igreja da Candelária, na cidade do Rio de Janeiro (1901); também do monumento onde repousam os restos mortais de Bento Gonçalves da Silva, na praça Tamandaré, em Rio Grande. 

No dia 5 de outubro de 1934 foi agraciado com o grau de Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada.
Faleceu em São Mamede de Ribatua, Alijó, no dia 21 de junho de 1942.

Adaptado de um documento da autoria de Mário Rui Cunha publicado na revista “Pampilhosa. Uma Terra e Um Povo” n.º 39 - GEDEPA 2020 e https://pt.wikipedia.org/wiki/António_Teixeira_Lopes






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