Adriano Teixeira Lopes nasceu no dia 3 de setembro de 1870 em São Mamede de Ribatua (Alijó), um dos três filhos de João Teixeira Lopes, “mestre de escultura”, e de Marcelina Cardoso Garrote.
A 28 de janeiro de 1899, então com 28 anos, casa na Igreja Paroquial de Botão com Laura Soares Leite, costureira de profissão, de 21 anos de idade, filha de Fernando António Soares e de Amélia Augusta d’Oliveira Pereira Leite. Foram testemunhas presentes o escultor António Teixeira Lopes e Abílio d’Oliveira Rocha.
Adriano Teixeira Lopes enviuvou a 11 de fevereiro de 1904, voltando a casar mais tarde com Laurinda de Jesus (1902-1943), filha de António Domingos e Maria Esperança de Nossa Senhora, residentes em Larçã. Ela, mais nova 32 anos, era afilhada de batismo de Adriano, e o casamento civil terá ocorrido entre o nascimento da primeira filha, Julieta Teixeira Lopes, e do segundo filho, Francisco Júlio Teixeira Lopes.
Curiosamente, os três irmãos casaram com três irmãs, sendo que o casamento de Júlio Teixeira Lopes com Andrelina Soares Leite e o de Joaquim Teixeira Lopes com Dulce Soares Leite ocorreram no mesmo dia, 30 de junho de 1900, também na Igreja Paroquial de Botão.
Adriano frequentou o curso de Arquitetura, segundo o Inventário Alumni (1836-1957) da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto.
Segundo o seu filho, Francisco Júlio Teixeira Lopes, o seu pai não concluiu o curso de Arquitetura porque o seu projeto final de curso foi chumbado. Desiludido e injustiçado, virou a sua atenção para o projeto industrial que tinha em mente executar, na Pampilhosa, com o seu primo arquiteto José Teixeira Lopes e os irmãos Júlio e Francisco Bastos Mourão. Desconhecem-se as habilitações académicas dos seus irmãos, Júlio e Joaquim. Conta-se que Adriano Teixeira Lopes era um homem discreto e de grande sensibilidade artística, bem patente no traço arquitetónico da casa, que construiu na rua Joaquim da Cruz, reconhecida como uma das mais interessantes da Pampilhosa, e que incorpora, numa das paredes frontais, um retábulo do séc. XIII, que podemos encontrar descrito por Maria das Dores Sousa Cristina na revista “Pampilhosa, Uma Terra e Um Povo” n.º 1, de 1982.
Na fábrica, Adriano Teixeira Lopes ocupava-se da direção técnica, cargo que manteve até à sua morte. O seu relacionamento com o ramo da família do norte era excelente: tio José Joaquim Teixeira Lopes; primos direitos António Teixeira Lopes (escultor) e José Teixeira Lopes (arquiteto); primo por afinidade Adelino de Sá Lemos (fundidor), com visitas frequentes e colaborações próximas, como no caso da ajuda no elemento escultórico do fontanário no Largo do Chafariz e o projeto da casa de Adriano Teixeira Lopes.
O jornal “Ideia Livre” de 14 de outubro de 1933 anuncia o falecimento de Adriano Teixeira Lopes: «Às primeiras horas da madrugada de segunda-feira última [dia 9 de outubro de 1933] faleceu o sr. Adriano Teixeira Lopes, sócio da firma Mourão, Teixeira Lopes & Cª, com sede no Porto e a fábrica de cerâmica em Pampilhosa.»