José Valentim Fialho de Almeida nasceu no dia 7 de Maio de 1857, na Vidigueira (Vila de Frades), no Baixo Alentejo, filho de uma família abastada. Seu pai, Mestre-Escola, chamava-se Valentim Pereira d’Almeida e sua mãe Mariana da Conceição Fialho.
Concluiu a instrução primária e prosseguiu estudos num colégio de Lisboa, entre 1866 e 1871. Neste ano, após ter feito os exames do Colégio Europeu ao Conde Barão, entrou como boticário na Farmácia do Altinho ou de Peça.
Por esta altura, começa a escrever os primeiros ensaios, como por exemplo o folhetim “Ellen Washington”.
Entretanto, decide continuar os estudos com o objetivo de se tornar doutor. A 18 de outubro de 1878 entrou na Escola Médico-cirúrgica, tendo terminado o curso de medicina em 1885. Em 1893 volta à sua terra-natal, onde desposou uma senhora abastada, Emília Augusta, que faleceu no ano seguinte e da qual não teve descendência. Nessa altura vem para a Pampilhosa em comissão médica, no “Lazareto”, à “Lagarteira”, onde hoje se situa a Capela de Nossa Senhora de Fátima, por motivo da epidemia vinda de Espanha (provavelmente a pandemia de gripe de 1889-1890, que resultou em várias ocorrências até 1895).
Destacam-se dois dos seus contos: “O filho” e “A velha”, de “Contos” (1881). Outras obras da sua autoria publicadas são: “A Cidade e o Vício” (1882), “Os Gatos” (1889-1894), “Lisboa Galante” (1890), “O País das Uvas” (1893), “Galiza” (1905), “Saibam Quantos...” (1912, postumamente), “Ave Migradora” (1914, postumamente) e “A Taça do Rei de Tule e Outros Contos” (2001, postumamente).
Na obra “O País das Uvas” surgem referências à Estação do Caminho-de-Ferro da Pampilhosa.
Fialho de Almeida faleceu a 4 de março de 1911, aos 53 anos, em Cuba, onde foi sepultado. Especula-se que a sua morte terá sido por suicídio, pois na edição do jornal “O Operário” (Beja), de 12 de março de 1911, surge a publicação: «Mortos ilustres – Fialho d’Almeida: Informam-nos de haver falecido em Vila de Frades, em virtude de se ter envenenado, este grande escritor». Porém, no registo de óbito nada consta sobre a causa de morte.
A Pampilhosa, em sua homenagem, deu o nome de Fialho de Almeida a uma das ruas da Vila (via que liga a "baixa" à "Lagarteira").
Adaptado de https://diariodoalentejo.pt/pt/noticias/9545/fialho-de-almeida-questoes-de-natureza-familiar.aspx

